Declaração da doença pelo vírus Ébola na República Democrática do Congo como urgência de saúde pública de dimensão internacional
Bobo-Dioulasso, 23 de julho de 2019 – A Organização Oeste Africana da Saúde (OOAS), no âmbito de seu mandato que é de garantir a protecção da Saúde das populações do espaço CEDEAO, está a acompanhar de perto as últimas notícias relativas à epidemia do Ébola na República Democrática do Congo (RDC).
Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS), após uma reunião de seu Comité de urgência do Regulamento Sanitário Internacional para a doença pelo vírus Ébola (EVD) em RDC, declarou a epidemia do Ébola como uma Urgência de saúde pública de dimensão internacional. Com efeito, a confirmação de um primeiro caso em Goma, cidade de cerca de dois milhões de habitantes na fronteira com o Ruanda e porta de entrada para o resto da RDC e o mundo, aumentou consideravelmente o risco de propagação da epidemia.
Nós da OOAS nos associamos às recomendações da OMS e acompanhamos de perto a situação actual da RDC. Tendo pago um alto preço durante a epidemia do Ébola que afetou nossa região entre 2013 e 2016, é primordial que tomemos todas as precauções possíveis para reduzir o risco de propagação da RDC aos outros países da CEDEAO.
“Neste sentido, a OOAS trabalha com os 15 Estados membros da CEDEAO para garantir uma vigilância coordenada e integrada, o alerta precoce, o diagnóstico rápido em laboratório para a confirmação de casos, bem como o reforço dos recursos humanos, tendo em vista uma resposta apropriada” – declarou o Director Geral da OOAS, o professor Stanley OKOLO.
Convém lembrar que os 15 países da CEDEAO encontram-se em diferentes níveis de preparação e de reactividade, mas a OOAS, através do seu programa de colocação em rede das instituições nacionais de saúde pública ou instituições nacionais de coordenação, disponibiliza recursos dos quais cada país pode se servir sempre que necessário.
A OOAS também relembrou aos países da CEDEAO recentemente que existem plataformas regionais de colaboração que podem ser utilizadas em caso de tomada de decisão relativa à resposta ao Ébola. Além disso, ele enfatizou a importância da partilha de informação e da notificação de todos os casos suspeitos à OOAS e à OMS.
Enfim, como aprendemos durante a última epidemia da doença pelo vírus Ébola que abalou a nossa região, a população tem um papel muito importante a desempenhar em parceria com os profissionais da saúde adoptando mudanças de comportamento que reduzem o risco de transmissão. A OOAS convida a todos os residentes do espaço CEDEAO a serem duplamente vigilantes neste período de alerta intensificado.
FIM